terça-feira, 13 de novembro de 2012

Greve na educaçao no estado de Alagoas

Os servidores da rede estadual de educação iniciam uma greve nesta terça-feira (13) por tempo indeterminado. O movimento vai pressionar o governo do Estado a enviar à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) de toda a categoria para a aprovação dos deputados.

Com a paralisação total, alunos de cerca de 340 escolas ficarão sem aulas. Na tarde de ontem, estudantes de pelo menos cinco escolas do Benedito Bentes saíram às ruas em apoio à reivindicação dos professores. Sindicalistas foram às escolas para sensibilizar os servidores públicos a aderirem ao movimento.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, o PCCS, elaborado por uma comissão mista do governo do Estado e sindicato, já está pronto desde o dia 30 de julho.

Segundo ela, o plano traça diretrizes que garantem a valorização do trabalhador: de forma horizontal por tempo de serviço e de forma vertical por grau de escolaridade. “Já fomos pacientes demais, e a cada vez que sentávamos, o governo tinha uma condição diferente. Fomos flexionando muito, mas agora não dá mais”, afirmou Consuelo.

Além da aprovação imediata do PCCS unificado, os servidores reivindicam a garantia de pagamento do reajuste retroativo a maio de 2012 para o pessoal de apoio e administrativo, a vigência financeira do PCCS para o magistério (ativos e aposentados) e secretário escolar, definida para janeiro de 2013, além do pagamento das sobras do Fundeb sob forma de rateio para o magistério ativo, conforme a Lei do Fundeb, de 2007.

O secretário da Educação, Adriano Soares, comprometeu-se, no último dia 7, a atender a última reivindicação e a implantar o PCCS dos servidores administrativos. A medida, entretanto, desagradou ao Sinteal, que quer o PCCS para todos os servidores, inclusive inativos e aposentados.
Sobre o pleito, o secretário afirmou que não há verba no Tesouro para a implantação do PCCS. “A solução que o Sinteal apresenta para implantar o PCCS é a extinção da Uneal e da Uncisal, o que é um absurdo. As duas instituições de ensino são fundamentais para o desenvolvimento do Estado de Alagoas”, publicou o secretário na rede social.

A presidente do Sinteal sustenta que, mesmo com o rateio da verba do Fundeb, no valor de R$ 81 milhões, não há ganho real para a categoria. “O governo anunciou isso como uma benesse, como se fosse uma coisa inédita. Mas é um direito da categoria, previsto na legislação”, diz.

Nesta quarta-feira (14), às 9h, os servidores da Educação farão uma assembleia para discutir a agenda grevista.

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