Os servidores da rede estadual de educação iniciam uma greve nesta
terça-feira (13) por tempo indeterminado. O movimento vai pressionar o
governo do Estado a enviar à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) o
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) de toda a categoria para a
aprovação dos deputados.
Com a paralisação total, alunos de cerca de 340 escolas ficarão sem
aulas. Na tarde de ontem, estudantes de pelo menos cinco escolas do
Benedito Bentes saíram às ruas em apoio à reivindicação dos professores.
Sindicalistas foram às escolas para sensibilizar os servidores públicos
a aderirem ao movimento.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação
em Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, o PCCS, elaborado por uma
comissão mista do governo do Estado e sindicato, já está pronto desde o
dia 30 de julho.
Segundo ela, o plano traça diretrizes que garantem a valorização do
trabalhador: de forma horizontal por tempo de serviço e de forma
vertical por grau de escolaridade. “Já fomos pacientes demais, e a cada
vez que sentávamos, o governo tinha uma condição diferente. Fomos
flexionando muito, mas agora não dá mais”, afirmou Consuelo.
Além da aprovação imediata do PCCS unificado, os servidores
reivindicam a garantia de pagamento do reajuste retroativo a maio de
2012 para o pessoal de apoio e administrativo, a vigência financeira do
PCCS para o magistério (ativos e aposentados) e secretário escolar,
definida para janeiro de 2013, além do pagamento das sobras do Fundeb
sob forma de rateio para o magistério ativo, conforme a Lei do Fundeb,
de 2007.
O secretário da Educação, Adriano Soares, comprometeu-se, no último
dia 7, a atender a última reivindicação e a implantar o PCCS dos
servidores administrativos. A medida, entretanto, desagradou ao Sinteal,
que quer o PCCS para todos os servidores, inclusive inativos e
aposentados.
Sobre o pleito, o secretário afirmou que não há verba no Tesouro para
a implantação do PCCS. “A solução que o Sinteal apresenta para
implantar o PCCS é a extinção da Uneal e da Uncisal, o que é um absurdo.
As duas instituições de ensino são fundamentais para o desenvolvimento
do Estado de Alagoas”, publicou o secretário na rede social.
A presidente do Sinteal sustenta que, mesmo com o rateio da verba do
Fundeb, no valor de R$ 81 milhões, não há ganho real para a categoria.
“O governo anunciou isso como uma benesse, como se fosse uma coisa
inédita. Mas é um direito da categoria, previsto na legislação”, diz.
Nesta quarta-feira (14), às 9h, os servidores da Educação farão uma assembleia para discutir a agenda grevista.
Fonte: http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2012/11/13/215961/servidores-da-educacao-iniciam-greve-nesta-terca, acesso em 13 de novembro de 2012.
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