terça-feira, 28 de julho de 2015

Brasil conquista o primeiro lugar na Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa



Estudantes conquistaram duas medalhas de ouro e duas de prata, obtendo a primeira posição no evento.


Brasil teve um excelente desempenho na 5ª Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, realizada entre os dias 19 e 25 de julho na cidade de Praia, Cabo Verde. A equipe brasileira conquistou as duas únicas medalhas de ouro da competição e duas de prata.

As medalhas de ouro foram conquistadas por Pedro Lucas Lanaro Sponchiado, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) e Mateus Siqueira Thimóteo, de Mogi das Cruzes (SP), ambos com a pontuação perfeita de 42 pontos. Os outros dois integrantes da delegação brasileira obtiveram medalha de prata: Andrey Jhen Shan Chen, de Campinas (SP) ficou em terceiro lugar geral com 38 pontos e Bruno Brasil Meinhart, de Fortaleza (CE), ficou em quinto lugar geral, com 32 pontos.

A equipe brasileira ficou em primeiro lugar geral na classificação por países, com 154 pontos em 168 possíveis, seguida por Portugal, que somou 108 pontos e por Cabo Verde, com 68 pontos.       

A olimpíada contou com a presença de 24 jovens de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe. Cada país enviou uma delegação de quatro estudantes, menores de 18 anos, e dois professores.

Durante a disputa os competidores submeteram-se a duas provas individuais aplicadas em dois dias consecutivos. Cada exame apresentou três problemas de matemática selecionados por um júri internacional, que exigem a resolução de exercícios de álgebra, teoria dos números, geometria e combinatória. 

Como representar o Brasil em competições internacionais

Os estudantes que representam o Brasil em competições internacionais de matemática são selecionados pela Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), competição realizada anualmente nas escolas públicas e privadas em todo o país e que reúne mais de 500 mil estudantes e seus professores.
Para participar da OBM, o cadastro deve ser feito apenas pelas instituições no site (www.obm.org.br), entre os meses de março e abril de cada ano. Depois, os alunos interessados devem fazer a inscrição interna com o professor responsável.

A OBM é uma iniciativa conjunta do Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (IMPA), da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis), do Ministério da Educação (MEC) por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCT-Mat).

Fonte: e-mail enviado pelo IMPA para mim.

sábado, 25 de julho de 2015

Novo Workshop Vencer no Profmat 2016



Em agosto do ano passado realizamos a primeira edição do Workshop "Vencer no Profmat", com o conceito de oferecer apoio aos participantes para realizarem o mais importante na preparação para qualquer concurso: estudar mais e melhor.

Um total de 48 alunos aceitaram nossa proposta e em cada um dos cinco sábados dedicaram 8 horas de trabalho intenso a sua preparação, assistindo aulas e, principalmente, realizando simulados para entrarem em contato com suas próprias dificuldades e obter ajuda para superá-las.

No aspecto objetivo, tivemos a felicidade de ver 12 desses 48 alunos serem aprovados e CLASSIFICADOS para realizarem o sonho de se tornarem mestres em Matemática nas instituições que oferecem o Profmat no Rio de Janeiro: IMPA, PUC, UERJ, UFRJ, UNIRIO e Colégio Pedro II.

Mais do que a enorme satisfação que esses classificados nos trazem, estamos orgulhosos de saber que os demais alunos consideram o aprendizado obtido valioso e importante para suas carreiras.

O Exame de acesso ao Profmat 2016 está previsto para 17 de outubro. Em se confirmando esta data, realizaremos mais uma edição do Workshop começando no dia 5 de setembro de 2015 (sábado).

O formato é o mesmo do ano passado: Cinco sábados com aulas organizadas em torno a simulados com 2 horas de duração, e um simulado completo com 4 horas de duração no último sábado. Como dizem nossos alunos, "é puxado, é cansativo, mas vale a pena."

O site para inscrições e informações é www.vencernoprofmat.com.br. (Neste momento o site está em processo de atualização para inclusão das novas datas: 5, 12, 19 e 26 de setembro e 3 de outubro).

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Astrônomos brasileiros descobrem Sistema Solar 2.0

Com informações do ESO - 16/07/2015

Astrônomos brasileiros descobrem Sistema Solar 2.0
Concepção artística do planeta gigante gasoso gêmeo de Júpiter em órbita de uma estrela gêmea do Sol, a HIP 11915.[Imagem: ESO/M. Kornmesser]
Semelhanças cósmicas
Uma equipe internacional liderada pelo astrônomo Jorge Melendez, professor no Instituto de Astronomia da USP, descobriu um planeta com uma massa muito semelhante à de Júpiter, em órbita de uma estrela semelhante ao Sol.
Embora já se tenham descoberto muitos planetas semelhantes a Júpiter, a uma variedade de distâncias de estrelas do tipo solar, o planeta agora descoberto, tanto em termos de massa como de distância à sua estrela hospedeira, e em termos de semelhança entre esta estrela e o nosso Sol, é o análogo mais preciso encontrado até agora do Sol e de Júpiter.
De acordo com as teorias atuais, a formação de planetas com a massa de Júpiter desempenha um papel importante na arquitetura dos sistemas planetários. A existência de um planeta com a mesma massa e numa órbita semelhante à de Júpiter em torno de uma estrela do tipo do Sol abre a possibilidade de que o sistema planetário em torno desta estrela seja semelhante ao nosso próprio Sistema Solar.
A estrela HIP 11915 tem aproximadamente a mesma idade que o Sol e uma composição química semelhante à do Sol, o que sugere que possam existir também planetas rochosos em órbitas mais próximas da estrela.
Até agora, os rastreios de exoplanetas têm sido mais sensíveis a sistemas planetários que são povoados nas suas regiões mais internas por planetas muito grandes, com massas de, no mínimo, algumas vezes a massa da Terra. Isto contrasta com o Sistema Solar, onde existem pequenos planetas rochosos nas regiões interiores e gigantes gasosos, como Júpiter, mais para o exterior.
De acordo com as teorias mais recentes, a arquitetura do Sistema Solar, propícia ao desenvolvimento da vida como a conhecemos, foi possível graças à presença de Júpiter e da sua influência gravitacional exercida no Sistema Solar durante a fase da sua formação.
Isto leva a crer que encontrar um planeta gêmeo de Júpiter é um marco importante na busca de um sistema planetário que seja semelhante ao nosso.
Terra 2.0 e Sistema Solar 2.0
A equipe liderada pelos brasileiros vinha observando estrelas do tipo do Sol numa tentativa de encontrar um sistema planetário semelhante ao nosso.
"A procura de uma Terra 2.0 e de um Sistema Solar 2.0 completo é um dos esforços mais excitantes da astronomia. Estamos muito entusiasmados por fazer parte desta investigação de vanguarda, tornada possível pelas infraestruturas observacionais disponibilizadas pelo ESO [Observatório Europeu do Sul]," disse Jorge Melendez - o Brasil é sócio do Observatório Europeu do Sul.
A hospedeira do planeta, a gêmea solar HIP 11915, não é apenas semelhante ao Sol em termos de massa, mas tem também aproximadamente a mesma idade. Fortalecendo ainda mais as similaridades, a composição desta estrela é semelhante à do Sol. A assinatura química do nosso Sol pode estar parcialmente marcada pela presença de planetas rochosos no Sistema Solar, o que indica a possibilidade da existência de planetas rochosos em torno da HIP 11915, que ainda deverão ser localizados.
As atuais técnicas de detecção são mais sensíveis a planetas grandes ou massivos situados próximo das suas estrelas hospedeiras. Planetas pequenos e de pequena massa estão, na maioria dos casos, além das nossas atuais capacidades de detecção.
Planetas gigantes que possuem órbitas mais afastadas das suas estrelas são também mais difíceis de detectar. Consequentemente, muitos dos exoplanetas que conhecemos atualmente são enormes e/ou massivos, e situam-se próximo das suas estrelas progenitoras.
Bibliografia:

The Solar Twin Planet Search II. A Jupiter twin around a solar twin
M. Bedell1, J. Meléndez, J. L. Bean, I. Ramírez, M. Asplund, A. Alves-Brito, L. Casagrande, S. Dreizler, T. Monroe, L. Spina, M. Tucci Maia
Astronomy and Astrophysics
http://www.eso.org/public/archives/releases/sciencepapers/eso1529/eso1529a.pdf